era o branco
que virou negro
que virou de esquerda
que deixou de ser negro
que era de direita
que gostava do pardo
que veio de lá
que gostava do índio
que não gostava e
que não torcia para ninguém
o branco virou
homofóbico
o negro foi fazer faculdade
o pardo está em cima do muro
não sabe se volta para lá
e o índio...
o indío, que maçada...
foi tratar de ser índio, oras!
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
RESSACA
tanto mar há
na minha palavra
de ressaca
vai e não vem
diz que tem
reflexo de mim
a poesia é salgada
há choro no mar
conturbado o poetar
vem e não vai
ondulatório verso
que não sai
na minha palavra
de ressaca
vai e não vem
diz que tem
reflexo de mim
a poesia é salgada
há choro no mar
conturbado o poetar
vem e não vai
ondulatório verso
que não sai
Assinar:
Postagens (Atom)
Crônica da saudade e um poema sem vergonha
Faz tempo que não tenho tido tempo para escrever. Li hoje uma frase de um amigo em seu Blog: “ Sempre que penso em parar de escrever, depois...
-
sem conseguir escrever alguma coisa de valor poético, metafísico, revolucionário, quântico, sem conseguir escrever algo que te faça se apaix...
-
É possível parcelar as mágoas em suaves prestações? De preferência sem juros, porque ninguém merece juros disto. Já tive que inutilizar minh...
-
Na era do tanto-faz, quem tem afeto é Rei.