Maldita
sejam as origens,
as
regras e toda essa tradição.
As
favas com as tradições.
A
mesmice do ser assusta.
Caminha-se
com o mesmo passo
dos
primeiros homens
a darem
os primeiros passos eretos,
e
esperava-se que assim,
com os
olhares paralelos ao futuro,
vissem
além de suas oculares.
Ninguém
abandona suas origens.
Ao
diabo com a bendita essência.
Há que
se preservá-la,
quer
seja para o bem
ou para
mal?
O rio
continua a procura do mar.
E o Sol
guarda-se para
a Lua aparecer.
Os
sorrisos exagerados são os mesmos
de
séculos atrás;
e a
flor dada aos buquês continua a ter
o mesmo
efeito.
Evolui-se
e anda-se ao revés.
Nada é
o novo.
As
histórias de amor
são as
mesmas histórias de amor.
Os
filhos não deixam de ser
filhos,
apenas o são.
As
mortes são mortes.
E a
esperança da novidade
é
apenas esperança.