quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

POEMA DESTOADO


Maldita sejam as origens,

as regras e toda essa tradição.

As favas com as tradições.

A mesmice do ser assusta.

Caminha-se com o mesmo passo

dos primeiros homens

a darem os primeiros passos eretos,

e esperava-se que assim,

com os olhares paralelos ao futuro,

vissem além de suas oculares.

Ninguém abandona suas origens.

Ao diabo com a bendita essência.

Há que se preservá-la,

quer seja para o bem

ou para mal?

O rio continua a procura do mar.

E o Sol guarda-se para

         a Lua aparecer.

Os sorrisos exagerados são os mesmos

de séculos atrás;

e a flor dada aos buquês continua a ter

o mesmo efeito.

Evolui-se e anda-se ao revés.

Nada é o novo.

As histórias de amor

são as mesmas histórias de amor.

Os filhos não deixam de ser

filhos, apenas o são.

As mortes são mortes.

E a esperança da novidade

        é apenas esperança.


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