Ao
semideus
Para um
homem semi
Homem Deus
Resta o Deus
sobra o semi.
Para uma Helena
Ariadne, Semele
Só o semi não basta
Há de vir um Deus
Que abra a concha
E faça surgir
à pérola.
Acordes
Acorda a
Acrópole desnuda
Helena, acorda, acordes.
Há música e máscaras
O tempo chamou Lena.
Acorda, acordes, o par
O fio entrededos, desata
Helena, desnuda, a pérola
Cai entreventre Cronos.
O tempo
chamou Lena
Há música, meu amor;
Vai-e-vem, balbucia
teu nome, cai a máscara.
Acorda,
acordes, o semivéu
semiamor, o tempo sussurrou
Lena, anda, ata, nua, sua
Cai à pérola, a música há.
O tempo chamou... Vem.
Acordes, agora, nada
Há a máscara, pega, ata
a Pérola Helena.
Heras
Heras...
Que Tebas?
Qual Acrópole?
Que Semele desenganada
Coroa Helena de heras.
Bacantes embriagadas
Curvam-se, imundas
Inertes roubam as heras
as pérolas e as castas.
Que
Semele enganada
Dera as Helenas, pétalas
As tebas arqueadas, guiam
Baco surdo até elas.
Que
tempo?
Heras
Cronos perturbador
Traz um embrechado
E contempla, calado
O ventre de Helena.
Que Semele
Que Tebas
Que nada.
Helena acordou!