quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A ARTE DE SE DECEPCIONAR

          Se decepcionar é uma arte. 

     Sim, na verdade uma das sete maravilhas e certamente o oitavo pecado capital. Ouvi recentemente que a preguiça é o melhor dos pecados porque, sendo ele o primordial, não cometemos os outros seis. Assim, se decepcionar é um pecado. Sim, total perda de tempo, mas... então qual o motivo? 

    A decepção, segundo o Aurélio é um substantivo feminino que significa sentimento de tristeza, descontentamento ou frustração pela ocorrência de fato inesperado, que representa um mal, enorme desilusão, desapontamento,e, desta forma, a decpção é minha, eu sinto, você sente, nós sentimos. O que difere de se decepcionar, que também segundo Aurélio, é um verbo, e que quando transitivo, tem a função de provocar a decepção; mas, porém, quando intransitivo, significa ter um comportamento de fracasso. 

   Desta maneira, a decepção é um problema morfológico, da categoria das classes gramaticais, ou ainda, pensando melhor, da falta de classe, de percepção e de gentileza. 

"Seja menas" e perdoe a falta de tato! O Aurélio, esse não perdoa!

domingo, 19 de novembro de 2023

UM TEXTO QUALQUER

Hoje, escrever é tão necessário quanto dizer para quem se ama, que ama. Assim, achar o assunto também é tão necessário quanto qualquer outra coisa. Muitas vezes, muitas mesmo, fico muito irritada quando vejo coisas escritas porcamente, desculpa, tira o porcamente...quando vejo coisas escritas, do assunto que as pessoas querem ler. Enfim, estou aborrecida. Um escritor deve apenas escrever? Escrever para quem? Eu estou muito arrependida de pensar assim, mas não consigo pensar diferente. Tem tanta coisa publicada. Queria ser lida, apreciada, estudada. Muito mesmo. Antes, eu acho que eu não queria, mas agora sinto esse querer. Queria meu poema na folha da prova do Enem, com todos aqueles angustiados estudantes tentando entender a metáfora que eu fiz, e que eu nem sei o que significa, desculpa, mas eu queria. Também pensei, naquele livro de crônicas com a minha assinatura que pensei ser MCsantos, parecendo nome de navio que cruza a costa, mar afora, mas, eu queria, o tal livro cheirando a tinta, com meu nome,  impresso na mão de quem gosta de ler qualquer coisa boa. Se eu acho que aquilo que escrevo é bom? Hoje eu penso que sim. Antes eu não pensava nisso. Agora eu acho bom, mas desculpa, porque tem uma hora que achar o assunto, ver o que nos motiva, o que empurra, é tão difícil. Sim, eu queria muito o livro de poemas também, da mesma autora das crônicas, aquela MCsantos, que também escreve crônica, MCsantos, parecendo nome de funkeiro, que tem haicai, coisa de criança, aquela que escreve um texto qualquer e que não escreveu uma história ainda, talvez...porque não tinha o assunto certo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

POEMA DO RECOMEÇAR

Íamos em paralelas

Vias opostas com medo

Dos escuros dias sem luz

Das frias noites sem luar

Íamos em desalinho

Cortes sobrepostos de não

Dos nevoeiros dias sem sol

Das absurdas noites sem som

Íamos em linhas retas

Sem olhar para trás...


Amor

Íamos agora de mãos dadas 

Em lugar de sonhos há um recomeço!


terça-feira, 7 de novembro de 2023

POEMA PARA VOCÊ COMPLETAR

O DIA 

OS OLHOS

A RUA

A VIA

HAVIA  A 

A  LUA

O SONHO 


Anônimo Anônimo disse... Poema completado por um parceiro do BLOG

Adorei o desafio, instigante.

O dia frio que de pronto estava
Os olhos do pesar tristes
A rua em silêncio espreita
A via pela noite espera
Havia a justa na nova
A Lua sumida em sombra
O sonho da Lua que volta

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

LUDIÃO

INDECISO É O AMOR

NA INCONTIDA PRESSÃO

VAI, VAI, VAI...

IMPRECISO É O AMOR, E

ASSIM, VÃO OS DOIS 

EM OPOSTAS DIREÇÕES

VÃO, VÃO, VÃO...

O CORPO MERGULHADO

INEXPLICÁVEL TENSÃO

VEM, VEM, VEM...

ASSIM VEM OS DOIS, E

PARCIALMENTE IMERSOS

NA CONFUSÃO DO AMOR IDEAL

O CONJUNTO  SE TRANSFORMA

ISOTÉRMICAMENTE SEM, SÃO, SAI


O PESO DO AMOR É MUITO MENOR DOS QUE ATUAM SOBRE ELE.


REGISTRO GERAL

Uma foto um número outro número uma mãe sem pai não declarado assinado com dedo de tinta. Agora é cidadão para valer!