quarta-feira, 27 de março de 2013

POEMINHA DAS MÁXIMAS


Nada espere no outro do seu eu

Seja em você o que de si quer

Nada deposite de alguém em ti

Seja apenas seu espelho sem dó

Não se iluda com seu eu no outro

Ele não será ele em você nunca

Seu olho já não mais olha nele

Portanto, olhe com o seu olho

Nada de retribuir, apenas olhe

Nada de espelhos, livre e olhe

Tudo que cabe em si é só seu

Tudo cabe no outro e nada seu

Apenas olhe e sinta, veja que o

Outro nada é seu, é dele, dele

No mais... tudo é somente reflexo!

segunda-feira, 25 de março de 2013

RETROVISOR


A luz que está em mim

Não mesmo entendo

Sei que está clareando

Salpicando o corpo de

Fractais da delícia e de

Todo prazer que é viver...

domingo, 24 de março de 2013

CONCORDÂNCIA


A luz e a sombra

Marcava o rosto

Da mulher.

 

A sombra e a luz

Marcavam o rosto

Do homem.

 

Na madrugada,

Encontrava caída

A roupa e os sapatos.

 

No amor,

A doçura e a malícia

Femininas.

 

Na alvorada,

Encontravam caídas

As roupas e os sapatos.

 

No sexo,

A malícia e a doçura

Masculina.

sábado, 23 de março de 2013

QUADRINHA DA PRIMAVERA


Treze flores abriram no jardim

Brigavam por ser a mais bela

O Sol já refletia um raio enfim

Na rosa, e em outra amarela.

 

terça-feira, 19 de março de 2013

CONFISSÕES ( SERÁ?)


                Ela estava sentada na privada. Olhava para as lajotas que revestiam as paredes do banheiro. Fixou o olhar em uma delas e viu a imagem de um homem, os olhos eram bem definidos e levemente rasgados, a boca sorria bem bonita para ela. Sacudiu a cabeça e mirou para outro lugar, via dois anjos entrelaçados. Um deles erguia a mão direita aos céus. Oravam? Ficou por mais uns segundos antes de decidir tomar um banho. Pensou nas imagens que sua mente produzira e tentou achar um sentido para elas. Não achou. Nessa tarde terminaria de ler o livro inacabado. Lá fora, a leitura não vingava. As nuvens rasgadas pelo céu claro do dia azul compunham imagens também. Viu um grupo de nuvens levemente formar um rosto. O homem do banheiro era o mesmo do céu, olhava para ela estranhamente, e assim aos poucos o vento levava o desenho para longe. Pensou no sentido. Não achou. Pensou na tristeza. Pensou na solidão. Achou graça de tudo. Verdade?

         Abriu o capítulo final e leu por toda à tarde, leitura em vão; o homem não lhe saía da cabeça...

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 16 de março de 2013

DESLINDAR


Balizar o sonho

Pesquisar o céu

Resolver o caso

Esclarecer o acaso

Analisar a alma

Apartar a fadiga

Demarcar o destino

Compreender a lida

Vida, linda, desvindar.

 

terça-feira, 12 de março de 2013

TEMPORADA


Somos seres assim meio opacos, porque em algumas épocas chove muito em nós. Nas estações das almas não mais há tanto espaço para a primavera, temos tido muitos invernos ou muitos verões e tranquilamente ou não, viver está tornando-se um grande contrassenso. Cada um recolhe em seu jardim o que é possível de ser recolhido, uns preferem as flores sempre, outros o campo aberto e verde, alguns ficam áridos e inférteis. Há que se aproveitar o tempo das mágoas e chuvas para renovar o plantio e assim quem sabe teremos mais primaveras em nós...

segunda-feira, 11 de março de 2013

QUADRADO PERFEITO


Na infância a mentira

Palco de grande ilusão

Olhar penetrante, rima

Gerou muita confusão

A vida foi-se em ira

Repleta de exclusão

A poesia fez-se concha

Virou mera oclusão

Porém, hora tem dia

Sobretudo, aritmética

Ser inteiro, ou expresso

Lado, lado, lado e sim

No amor perfeito será

A poesia brota ligeira

Pura e solta em efusão

Não importa imperfeita

Qual criança que mentia

Nas histórias e fantasias

Da menina que só queria

Compor versos em paz

Quatro ventos, quatro

Tempos, a velha chegará

Tantos escritos na caixa

Que o tempo guardará

Outra menina, ilusão

Novo verso comporá!

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 6 de março de 2013

ME...ME...MEDO!

                 
Essa é a tricentésima nonagésima nona publicação desse Blog.  A falta total de inspiração está me deixando confusa e deprimida. Havia planejado na minha humilde cabeça escrever algo de muito especial para comemorar quatrocentas publicações, para mim um número expressivo, quem me conhece lá no fundo sabe como foi difícil soltar as amarras e escrever, ainda mais assim para todos lerem, porém, o pior é que muitas vezes não é possível planejar aquilo que se quer escrever ou dizer... Triste. Estou à deriva!

 

terça-feira, 5 de março de 2013

SEM INSPIRAÇÃO OU...que saco!

Fico pensando
que faz o poeta
o escritor, amante
namorado, professor
cozinheiro, escultor, ator, criador
qualquer ser que depende da inspiração... precisei de sete dias para escrever essa porcaria...Deus também precisou.

Que saco!

REGISTRO GERAL

Uma foto um número outro número uma mãe sem pai não declarado assinado com dedo de tinta. Agora é cidadão para valer!