sábado, 21 de novembro de 2020

POEMA FROUXO

 

Falta o torque

Chave de boca

Que esmaga

Aperta bem

Esse parafuso

Bambeia mole

Desatarraxa

Desrosqueia

Enquanto a mão

Aperta mais e mais,

O mundo gira

Em falso.

sábado, 14 de novembro de 2020

CONTRASSENSO II

 

Contra o e que

 

Decapitou gênero

 

Qual gênero? todes

 

Á contragosto

 

Palavra é livre

 

A intenção não

 

Palavres coitades

 

Contrarregra tudes

 

Contra a regra

 

Desregrada

 

Que desgosto

 

Desgostes, verses

 

Só nos resta a

 

Modernidade

 

 

ELEGÍACA

 

Não é fácil escrever

Murro em ponta de faca

O que escrevo: chavão

Não é fácil escrever

Já que não vale pataca

Nada em lugar nenhum: vão

Não é fácil escrever

Ainda tem urucubaca

Que falta papel e: percepção

Não é fácil escrever

Sim, não é mesmo não:

Unha-de-vaca

Olhos-de-ressaca

Corta-jaca

Teimosa: jabiraca

Criação...

terça-feira, 20 de outubro de 2020

POEMA AIROSO

 

Queria muito, bastante

Escrever alguma coisa

Tão bonita, muito bela

Que fizesse em sua boca

Um largo e longo sorriso

Bem sei, e as poetisas

Sabem um teco a mais

Que os poetas, porque

Elas são mães, só por isso mesmo

Quão valioso é um sorriso

E só por isso mesmo

Por causa dessas coisas

Que as poetisas tentam escrever

Uns versos tão lindinhos

Só pra ganhar sorrisos

domingo, 11 de outubro de 2020

DIS...AMOR

 

Desacerto e sem encontro

O acaso, descaso e tem ocaso

Isto está por um fio

Mas se há fio, por minúsculo

Que seja

Há a certeza que pode ser

O caso, a casa, acerto

Tudo está assim

Por um fiapo de trapo, mas se há fiapo

Há a clareza que pode ter

A fiança, confiança e tem substância

Que foi

Que fio

Que seja

Que será

Tudo está assim

 

FRASESPANDÊMICAS.COM.BR


 

FRASESPANDÊMICAS.COM.BR

 

É SÓ MANTER O DISTANCIAMENTO

ISSO EU NÃO PEGO NÃO.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Mais um poema para a madrugada

 

A madrugada tem sido minha amiga

Fiel e doce companheira

Fica tão quieta e sorrateira

Que chego a pensar que estou solteira

A madrugada tem sido minha razão

Devagar aos poucos se mostra e

No silêncio revela meu perdão

E sorridente vai-se embora

Revelando minha confusão.

POEMA DA INVEJA

 

Nem sabia que existia

A tal erva da inveja

São sete folhas colhidas

Fervidas em caldeirão

Muita coisa nessa vida

Eu já vi e me assustei,

Com a bruta da inveja

Só há contrassenso vão

E assim que a tal almeja

Ser sempre na contramão

Se quer ter inveja alheia

Que prospere na solidão

São sete folhas colhidas

Fervidas em caldeirão

Eu já vivi muita coisa

Mas não vejo na corveja

Meu poema esmorecer

Prefiro o banho de ervas

Regado de muita empatia

Que as ponyas da alegria

Sabem dessa tal proteção

Mal sabia que lá existia

Suas amizades colhidas

Protegidas no coração

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

CORES E TONS DE VALSA


 sem vontade de escrever

zero vontade
nada

Crônica dos confins

 

Tudo aumentou nesses meses de confinamento, as contas de água e luz, a comida, o arroz, veja só, quem diria, o arroz; e também tudo aumentou dentro da nossa casa, dentro de nós mesmos, dentro desse universo pandêmico. O nome, pandemia, caracteriza bem como nos sentimos, de mãos atadas, presos em uma cela imaginária, em que todas as coisas ficam enormes e muito mais difíceis. Pensar nisso tudo gera um enorme desgaste e buscamos uma paz e alegrias que estão raras em vir.

Entender tudo isso, quais são os limites do meu eu?E do teu? Quer que eu te ajude a arrumar a casa? Que te ajude a ficar bem? A limpar as coisas? A fazer comida? Se me perguntam isso, se te perguntam, talvez seja porque a obrigação de limpar, cozinhar e ficar bem, seja minha e tua. Tudo fica tão enorme, um gesto, meu, teu, uma fala, uma falta de percepção... E o que fazer se todos estão na desesperada tentativa de se manterem ilesos diante de tanto desconforto, e de tanto medo? Nada.

Esperamos a vacina da mesma forma que esperamos que tudo passe logo, porque já não sabemos mais o que fazer com o que descobrimos sobre nós mesmos, sobre os que cá estão junto de nós, sobre o mundo, as pessoas, o arroz, as matas, as burrices dos homens, as maldades, os....os confins da fragilidade humana.

 

GUARDADORA DE SONHOS OU POEMA DA GI

 

Se o mundo te der um revés

Pede para que ela te guarde

Quem te conhece apaixona

Pois você acolhe a sombra

E transforma em mais amor.

 

Se a vida não te der o que quer

Pede para que ela te escolha

Quem a conhece se impulsiona

Você acolhe sempre a todos

E acomoda em mais amor.

 

Em aptidão, ressoa

Em gratidão, converte

Em compaixão, transborda

Tudo em mais amor!

 

A MOÇA-ESPERANÇA OU POEMA DA CÁTIA

 

Se existe a coragem

Ela tem nome e tem

Em si a perseverança

Quebra-mar...

 

Mais que um sonho

Tem nela, o coração

Inteiro de esperança

Quebra-gelo...

 

Nessa menina há

Mais que um destino

Há o mundo inteiro

Quebra-cabeças...

 

A moça que lá está!

Flor-da-esperança!

 

A DONA DO SORRISO OU POEMA DA ELI

 

Quem quer

que o mundo

deixe a tristeza

de lado e assim

faça da certeza

o sorriso do dia!

 

A dona do sorriso

rainha da viveza

acaba com rudeza

e traz com presteza

o fim de tamanha

inútil braveza!

 

Quer que o mundo

acabe com a tristeza?

Chame a dona do sorriso!

 

MENINA DOS OLHOS OU POEMA DA ERIKA

 

Menina dos olhos

Olhos d’água, clareia

Na sensível arte, candeia

Encanta a todos, sereia

 

Menina dos olhos

Olhos d’verdade, mareia

Princípio da vida, ideia

Nos surpreende, colcheia

 

Dos olhos lágrima

Dessa menina, que assim

Brilha e incendeia!

POEMA DA THEREZA

 

The

Ela

Em tradução

Da língua mãe

É amor

Carinho

Compreensão

There is

Préfère le français

Sem tradução

Dedicação

Ternura

É amor

Ela

The

VALSA COM VOZ


 

REGISTRO GERAL

Uma foto um número outro número uma mãe sem pai não declarado assinado com dedo de tinta. Agora é cidadão para valer!