domingo, 19 de novembro de 2023

UM TEXTO QUALQUER

Hoje, escrever é tão necessário quanto dizer para quem se ama, que ama. Assim, achar o assunto também é tão necessário quanto qualquer outra coisa. Muitas vezes, muitas mesmo, fico muito irritada quando vejo coisas escritas porcamente, desculpa, tira o porcamente...quando vejo coisas escritas, do assunto que as pessoas querem ler. Enfim, estou aborrecida. Um escritor deve apenas escrever? Escrever para quem? Eu estou muito arrependida de pensar assim, mas não consigo pensar diferente. Tem tanta coisa publicada. Queria ser lida, apreciada, estudada. Muito mesmo. Antes, eu acho que eu não queria, mas agora sinto esse querer. Queria meu poema na folha da prova do Enem, com todos aqueles angustiados estudantes tentando entender a metáfora que eu fiz, e que eu nem sei o que significa, desculpa, mas eu queria. Também pensei, naquele livro de crônicas com a minha assinatura que pensei ser MCsantos, parecendo nome de navio que cruza a costa, mar afora, mas, eu queria, o tal livro cheirando a tinta, com meu nome,  impresso na mão de quem gosta de ler qualquer coisa boa. Se eu acho que aquilo que escrevo é bom? Hoje eu penso que sim. Antes eu não pensava nisso. Agora eu acho bom, mas desculpa, porque tem uma hora que achar o assunto, ver o que nos motiva, o que empurra, é tão difícil. Sim, eu queria muito o livro de poemas também, da mesma autora das crônicas, aquela MCsantos, que também escreve crônica, MCsantos, parecendo nome de funkeiro, que tem haicai, coisa de criança, aquela que escreve um texto qualquer e que não escreveu uma história ainda, talvez...porque não tinha o assunto certo.

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REGISTRO GERAL

Uma foto um número outro número uma mãe sem pai não declarado assinado com dedo de tinta. Agora é cidadão para valer!