Estava eu esperando na rua, por algo que não vem ao caso,
sentada em uma muretinha, fumando tranquilamente um cigarro, quando me deparei
com esta cena dantesca. Quero exagerar mesmo na descrição porque fiquei
transtornada.
Olhei para esquerda e vi um senhor muito velho, (os
cabelos muito brancos denunciavam a suposta idade), sentado na guia da calçada,
eu disse sentado, com um saco branco nas mãos.
Meu olho míope não conseguia focar tão nitidamente a imagem,
mas como fiquei curiosa, passei a fixar o olhar naquilo que ele fazia. Tinha uma
bermuda bege no corpo e uma daquelas malhas que só velhinhos usam carregadas de
listras e cores berrantes.
Pois bem, o saco indefinido até então, era nada menos que
um saco de aspirador. O senhor ia descaradamente, tirando toda a sujeira e
jogando no bueiro. Sim, no bueiro. Depois de cumprida a tarefa suja, levantou;
nem ao menos olhou para os lados, atravessou a rua e fim.
Não acreditei; acho que fiquei assim mais trastornada,
porque não fiz nada, o instante me passou, nem dei um grito daqueles: “E aí seu
porco!”, não fiz nada. A única coisa que deu para fazer eu fiz, escrever essa
crônica, pelo menos pensamos...
3 comentários:
BICHOS SAIAM DOS LIXOS!!!
É...como será a vida desse homem? Fazer o bueiro de lixo...e a casa dele, imagino como deve ser...Coitado do suino.
Esse é uma das pragas de que é vítima a TERRA e que estão abreviando a sua VIDA .
mARIZA
04/06/20012
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