Faz tempo que não tenho tido tempo para escrever. Li hoje uma frase de um amigo em seu Blog: “Sempre que penso em parar de escrever, depois de alguns dias volto atrás e venho aqui burilar alguma coisa do que vai em minh'alma. " (*)
Li a frase e pensei que tinha que escrever sobre alguma coisa, pois, a necessidade de se dizer algumas coisas, de burilar algo, assim como o amigo disse, que tenho dentro de mim, estava acumulada por muitos meses. Não tenho tido tempo. Saudade.
Escrever hoje é muito
necessário! Não para que alguém leia, mas porque preciso que essas coisas saiam
de mim. Eu penso demais em tudo. Tudo em mim sai exagerado, eu rio demais,
choro demais, observo muito e acredito que todas essas emoções uma
hora tem que transbordar e se firmar em algo escrito. Dito isso, ou dito quase isto, não
sei se vou conseguir terminar esta crônica como uma crônica. Numa época em que as emoções
se confundem todo o tempo, época que estamos muito cansados de tudo, que ninguém sabe mais se é poema ou crônica, se estamos aqui ou acolá, que não sabemos quem somos... quero poder escrever de tudo um pouco, bem livre, assim, segue
o final...
Poema sem vergonha
Um poema sem vergonha
Nasce...
Se fosse assim, sem
burilo
Seria sem-vergonha
Suponho...
A palavra com retoque
Surge...
Se fosse assim, a
esmo
Seria improviso...
Um verso sem sentido
Confunde...
Se fosse assim,
planejado
Seria estudo...
Um poema sem vergonha
Nasce...
Se é assim ...
sentido
Impressentido!