Casei com ele no dia 11 de papel
passado, no cartório, apenas, porque na igreja os ateus não entram, ele ateu e
eu não sei dizer o que sou. Se eu tinha certeza de que era ele? Sim, tinha.
Assim como ainda tenho, porque os dias ao lado dele são mais leves e fáceis e
felizes. Porque ainda tomamos café e conversamos sobre os bósons, sobre poesia,
jazz, bossa nova, sobre os lindos e incríveis filhos que juntos tivemos, sobre
os alunos, sobre a dureza da vida e principalmente sobre o que é o amor. Se eu
tinha certeza de que era ele? Sim, tenho. Porque sempre soubemos que não seria
fácil, mas que poderia ser fácil, com um tanto de carinho e mais bocado de
compreensão e entrega. Porque na hora de aperto, a gente senta e toma um café e
dá umas risadas e fala umas idiotices. Se eu tenho certeza que era ele? Sim,
terei. Certeza sobre o amor.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
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