Um cheiro de mar batia
No rosto da menina
De um lado, só vastidão
Do outro, um recife de corais
Impunham à cena o tom
Bucólico do dia belo
Ensimesmada, Carol
Olhava para si mesma
Havia crescido e aquela
Praia parecia menor que dantes
Era uma mulher, e agora
Sabia mais que tudo
Quem era aquela pessoa
E os tantos sonhos de uma
Velha criança que habitavam
O coração dela de poesia
Ainda se mantinham ali
E o que queria essa pessoa?
O arrecife vermelho recebe
O forte mar salgado
Em sua mão a concha colorida
E perolada gira, segura
A menina de ontem ainda cabe
Na mulher de hoje, ambas residem
No extenso coral vermelho.
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