domingo, 19 de maio de 2013

DOIS DE PAUS


Meus ombros doem e meus olhos lacrimejam. Estamos na época da sobrevivência e da pungência. Sorrir é uma arte e escapar das mentiras e injustiças é quase impossível. Olho para os troncos da árvore que nascem retorcidos e curvados para a vida, porque já não sabem mais lidar com tanto frio, seco, calor e ora acordam alagados e submersos no acaso. Meu peito salta e procuro o olhar das crianças que ainda não sabem vislumbrar o futuro, queria tanto esse olhar do agora, do já. A rosa abriu, porque era preciso abrir e nem pensou se suas pétalas haviam de se despencar um dia, abriu apenas. Queria poder ter o silêncio das bordadeiras que trançam as linhas coordenadamente imersas na certeza da prontidão. Se a vida fosse uma toalha bordada de certezas, saberia como fazê-la.

3 comentários:

Cristiane de Oliveira disse...

Que lindo!

Valsa Literária disse...

Obrigada Cris, valeu por ler e comentar!

Anônimo disse...



amei , muito lindo my

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