sábado, 4 de janeiro de 2014

INATINGÍVEL


A claridade rompe minha

Retina e desloco o corpo

Para o lado do desconhecido

Um ranger de dentes assombra

E sinto uma vontade adocicada

De ter o inatingível

Meu ser agora desconfia

Do óbvio, do meu-daquilo

Quantas vezes respondo para aquelas indagações que me deixam com a maior dúvida do mundo?

Ignóbil meneio minha cabeça

Ao que não posso ter

A claridade é doentia

O corpo me assombra

O ranger das retinas é desconhecer-se!

 

 

 

2 comentários:

Anônimo disse...

Nunca... mas nunca pare de escrever por favor.
Você é uma escritora incrível, parabéns!

Valsa Literária disse...

Não posso mais parar.
Obrigada pelo comentário tão afetuoso e incentivador!

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Mote: Por fora não se nota, mas a alma anda-me a coxear há setenta anos.  (Saramago em As pequenas memórias)  Qual alma não vacila? Oscila.....