Li artigo
recente dizendo que a palavra saudade, existente apenas em Língua Portuguesa, é
a sétima mais difícil do mundo de ser traduzida. Ora, pensando nisso, observei
o porquê de tantos poetas, escritores, músicos, afins e loucos adorarem tanto
seu uso. Eu adoro. E tentei pensar no que o vocábulo para mim significava, em
contextos denotativos e claro, conotativos. Segundo Aulete (meu dicionário
preferido) é um sentimento provocado pela lembrança de algo bom vivido ou
ainda, pela ausência de pessoas ou coisas.
Veja então que
imenso paradoxo: lembrança boa versus ausência ruim. Eu sabia que algo me
incomodava tanto, quando pensava em sentir saudades e não sabia que era a tal
da linguagem, o tal do significado das coisas. Esse sentimento sem nexo na
minha cabeça, agora se aquieta em pequeno entendimento, eu acho! Pura nostalgia
é feliz; outrora vazio, um buracão enorme no peito sem explicação a ser
preenchido pela memória, por uma fotografia, pela pessoa que chega, era triste,
de repente fica alegre. Ai.
É isso? Sei
não. Confusa.
Porque se as
definições e traduções não dão conta de suprir a palavra, quem sou eu para
tentar abalizá-la. Eu sinto e pronto; aliás, sou cheia de saudades, de cheiros,
de lugares, de pessoas, de tudo. O licor de figos da minha avó sei que jamais
beberei o dela novamente, e fico tristonha à beça, e vem a “saudadela”, e a reminiscência
e toda a carga sentimental do mundo.
Ai, ai, ai.
Uma coisa é
unânime, talvez para mim e para você que está lendo agora. Sentimos, não é
mesmo? E a palavra em si é uma belezura, SAUDADES, seus derivados também,
saudoso, saudosismos. Os escritores, poetas e apaixonados agradecem, ainda bem
que nasceu por aqui, em solos brasileiros, seria maçada tê-la em traduções,
apenas.
3 comentários:
deu SAUDADE e vim ;)
OBS: o chato é provar que não sou um robô, rs
Puxa, maçada.
Oba, adoro quando vem!
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