sexta-feira, 14 de março de 2014

SOLITAS SERÁ?

Li artigo recente dizendo que a palavra saudade, existente apenas em Língua Portuguesa, é a sétima mais difícil do mundo de ser traduzida. Ora, pensando nisso, observei o porquê de tantos poetas, escritores, músicos, afins e loucos adorarem tanto seu uso. Eu adoro. E tentei pensar no que o vocábulo para mim significava, em contextos denotativos e claro, conotativos. Segundo Aulete (meu dicionário preferido) é um sentimento provocado pela lembrança de algo bom vivido ou ainda, pela ausência de pessoas ou coisas.
Veja então que imenso paradoxo: lembrança boa versus ausência ruim. Eu sabia que algo me incomodava tanto, quando pensava em sentir saudades e não sabia que era a tal da linguagem, o tal do significado das coisas. Esse sentimento sem nexo na minha cabeça, agora se aquieta em pequeno entendimento, eu acho! Pura nostalgia é feliz; outrora vazio, um buracão enorme no peito sem explicação a ser preenchido pela memória, por uma fotografia, pela pessoa que chega, era triste, de repente fica alegre. Ai.
É isso? Sei não. Confusa.
Porque se as definições e traduções não dão conta de suprir a palavra, quem sou eu para tentar abalizá-la. Eu sinto e pronto; aliás, sou cheia de saudades, de cheiros, de lugares, de pessoas, de tudo. O licor de figos da minha avó sei que jamais beberei o dela novamente, e fico tristonha à beça, e vem a “saudadela”, e a reminiscência e toda a carga sentimental do mundo.
Ai, ai, ai.
Uma coisa é unânime, talvez para mim e para você que está lendo agora. Sentimos, não é mesmo? E a palavra em si é uma belezura, SAUDADES, seus derivados também, saudoso, saudosismos. Os escritores, poetas e apaixonados agradecem, ainda bem que nasceu por aqui, em solos brasileiros, seria maçada tê-la em traduções, apenas.


3 comentários:

Nadine Granad disse...

deu SAUDADE e vim ;)


OBS: o chato é provar que não sou um robô, rs

Nadine Granad disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valsa Literária disse...

Puxa, maçada.
Oba, adoro quando vem!

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