Falta
o torque
Chave
de boca
Que
esmaga
Aperta
bem
Esse
parafuso
Bambeia
mole
Desatarraxa
Desrosqueia
Enquanto
a mão
Aperta
mais e mais,
O
mundo gira
Em
falso.
Falta
o torque
Chave
de boca
Que
esmaga
Aperta
bem
Esse
parafuso
Bambeia
mole
Desatarraxa
Desrosqueia
Enquanto
a mão
Aperta
mais e mais,
O
mundo gira
Em
falso.
Contra o e que
Decapitou gênero
Qual gênero? todes
Á contragosto
Palavra é livre
A intenção não
Palavres coitades
Contrarregra tudes
Contra a regra
Desregrada
Que desgosto
Desgostes, verses
Só nos resta a
Modernidade
Não é fácil escrever
Murro em ponta de faca
O que escrevo: chavão
Não é fácil escrever
Já que não vale pataca
Nada em lugar nenhum: vão
Não é fácil escrever
Ainda tem urucubaca
Que falta papel e: percepção
Não é fácil escrever
Sim, não é mesmo não:
Unha-de-vaca
Olhos-de-ressaca
Corta-jaca
Teimosa: jabiraca
Criação...
Queria muito,
bastante
Escrever alguma
coisa
Tão bonita, muito
bela
Que fizesse em sua boca
Um largo e longo sorriso
Bem sei, e as poetisas
Sabem um teco a mais
Que os poetas, porque
Elas são mães, só por isso mesmo
Quão valioso é um sorriso
E só por isso mesmo
Por causa dessas coisas
Que as poetisas tentam escrever
Uns versos tão lindinhos
Só pra ganhar sorrisos
Desacerto
e sem encontro
O
acaso, descaso e tem ocaso
Isto
está por um fio
Mas
se há fio, por minúsculo
Que
seja
Há
a certeza que pode ser
O
caso, a casa, acerto
Tudo
está assim
Por
um fiapo de trapo, mas se há fiapo
Há
a clareza que pode ter
A
fiança, confiança e tem substância
Que
foi
Que
fio
Que
seja
Que
será
Tudo
está assim
A madrugada tem sido minha
amiga
Fiel e doce companheira
Fica tão quieta e
sorrateira
Que chego a pensar que
estou solteira
A madrugada tem sido minha
razão
Devagar aos poucos se mostra
e
No silêncio revela meu perdão
E sorridente vai-se embora
Revelando minha confusão.
Nem
sabia que existia
A
tal erva da inveja
São
sete folhas colhidas
Fervidas
em caldeirão
Muita
coisa nessa vida
Eu
já vi e me assustei,
Com
a bruta da inveja
Só
há contrassenso vão
E
assim que a tal almeja
Ser
sempre na contramão
Se
quer ter inveja alheia
Que
prospere na solidão
São
sete folhas colhidas
Fervidas
em caldeirão
Eu
já vivi muita coisa
Mas
não vejo na corveja
Meu
poema esmorecer
Prefiro
o banho de ervas
Regado
de muita empatia
Que
as ponyas da alegria
Sabem
dessa tal proteção
Mal sabia que lá existia
Suas
amizades colhidas
Protegidas
no coração
Tudo aumentou
nesses meses de confinamento, as contas de água e luz, a comida, o arroz, veja
só, quem diria, o arroz; e também tudo aumentou dentro da nossa casa, dentro de
nós mesmos, dentro desse universo pandêmico. O nome, pandemia, caracteriza bem
como nos sentimos, de mãos atadas, presos em uma cela imaginária, em que todas
as coisas ficam enormes e muito mais difíceis. Pensar nisso tudo gera um enorme
desgaste e buscamos uma paz e alegrias que estão raras em vir.
Entender tudo isso,
quais são os limites do meu eu?E do teu? Quer que eu te ajude a arrumar a casa?
Que te ajude a ficar bem? A limpar as coisas? A fazer comida? Se me perguntam
isso, se te perguntam, talvez seja porque a obrigação de limpar, cozinhar e
ficar bem, seja minha e tua. Tudo fica tão enorme, um gesto, meu, teu, uma
fala, uma falta de percepção... E o que fazer se todos estão na desesperada
tentativa de se manterem ilesos diante de tanto desconforto, e de tanto medo?
Nada.
Esperamos a vacina
da mesma forma que esperamos que tudo passe logo, porque já não sabemos mais o
que fazer com o que descobrimos sobre nós mesmos, sobre os que cá estão junto
de nós, sobre o mundo, as pessoas, o arroz, as matas, as burrices dos homens,
as maldades, os....os confins da fragilidade humana.
Se
o mundo te der um revés
Pede
para que ela te guarde
Quem
te conhece apaixona
Pois
você acolhe a sombra
E
transforma em mais amor.
Se
a vida não te der o que quer
Pede
para que ela te escolha
Quem
a conhece se impulsiona
Você
acolhe sempre a todos
E
acomoda em mais amor.
Em
aptidão, ressoa
Em
gratidão, converte
Em compaixão,
transborda
Tudo
em mais amor!
Se
existe a coragem
Ela
tem nome e tem
Em
si a perseverança
Quebra-mar...
Mais
que um sonho
Tem
nela, o coração
Inteiro
de esperança
Quebra-gelo...
Nessa
menina há
Mais
que um destino
Há
o mundo inteiro
Quebra-cabeças...
A
moça que lá está!
Flor-da-esperança!
Quem
quer
que
o mundo
deixe
a tristeza
de
lado e assim
faça
da certeza
o
sorriso do dia!
A
dona do sorriso
rainha
da viveza
acaba
com rudeza
e
traz com presteza
o
fim de tamanha
inútil
braveza!
Quer
que o mundo
acabe
com a tristeza?
Chame
a dona do sorriso!
Menina
dos olhos
Olhos
d’água, clareia
Na
sensível arte, candeia
Encanta
a todos, sereia
Menina
dos olhos
Olhos
d’verdade, mareia
Princípio
da vida, ideia
Nos
surpreende, colcheia
Dos
olhos lágrima
Dessa
menina, que assim
Brilha
e incendeia!
The
Ela
Em
tradução
Da
língua mãe
É
amor
Carinho
Compreensão
There
is
Préfère le français
Sem tradução
Dedicação
Ternura
É amor
Ela
The
O POÇO DE VISITA SE ENTUPIU DE TANTA VERGONHA FALHOU DE TAMANHO DESCASO RUIU BUEIRO, SEU NOME É DINHEIRO!