domingo, 28 de junho de 2020
quarta-feira, 24 de junho de 2020
CUBO MÁGICO
Quero
ter toda a dúvida
Ela
garante a serenidade
Não
ter certeza de algo
Nem
saber para que lado
Vou
e qual deles é o certo
E
será que há o lado certo?
E
será que o canto existe?
Preciso
eu de uma face?
Assim
penso, antes de tudo
Assim
sinto, depois do nada
Sem
saber eu crio, no vazio
E
sigo incerta...porém, livre.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
TERNURA
Começamos com mais ternura
do que afinco.
Eram tantas as...
Os... dizeres,
agora nem um nem outro,
nem quase nada
domingo, 21 de junho de 2020
terça-feira, 16 de junho de 2020
segunda-feira, 15 de junho de 2020
sábado, 13 de junho de 2020
VISTA CANSADA OU CRÔNICA DA ARANHA

A vista ora cansada de não ver o que de costume era, passa a
mirar o estranho, o belo, o esquisito. E antes, como não havia tempo para isso,
olhávamos sem ver. Sempre havia visto as aranhas, nem sei se gosto de aranhas,
porque jamais havia pensado nelas dessa maneira. O fato é que estava tomando um
banho de Sol e pensava nos presos que tomam esse mesmo banho, e eu pensava no
que eles talvez estivessem pensando; enfim, decidi tirar uma foto do ângulo do
céu que se formava junto à cumeeira.
Tirei.
Ficou razoável para quem é bem amador nisso. Virei o rosto e
lá estava a minúscula aranha. Olhava para mim, eu creio, e estava a centímetros
do meu cabelo. Desviei com calma a cabeça para que pudesse vê-la inteira.
Tirei.
Ela andou e tirei
outra. No que ela, aranha pensava, eu realmente não sei, mas, sei no que eu
pensava. Pensava que temos a vista cansada, que o estamos vendo agora é só
instante, sim nossas vistas estão muito cansadas, e agora estamos muito
diferentes, muito mesmo, do que éramos.
sexta-feira, 12 de junho de 2020
PF LITERÁRIO
Complete
Compete
A você
Criar
Tempo
Contemplo
Tento
Tente
Contemporizar
Você
Tem
Tempo
Sem
Template
Tenta
Sim
Tantalizar
quinta-feira, 11 de junho de 2020
CORAGEM
A
coragem que a vida tem de desabar sobre as nossas cabeças é algo que nos passa
sempre despercebido. Enquanto nosso olhar transita pelo óbvio e muitas vezes
para o distanciamento, a vida vai desenhando os pormenores que nos escapam
feito o vento. Caminhamos com o rosto virado para direções sempre únicas, com
rédeas que nos impedem de enxergar pequenos detalhes e minúsculas ações.
De um
sorriso não visto até uma flor ridiculamente aberta, o que nos empurra para
seguir vivendo nunca são as sutilezas, mas sim os arrebatamentos. Talvez seja
porque nossa eterna dúvida sobre o que estamos fazendo aqui e a nossa certeza
absoluta de que vamos morrer, caminhem lado a lado, tenuemente ligadas por um
ser incerto, incompleto e cheio de perguntas.
Nessa
manhã acordei diferente. Pensei que o tempo de ontem tinha passado depressa
demais para a criança que havia sido outrora adolescente e agora adulta. Nesses
pensamentos todos e ora tolos, desejei mais lembrar-me de todas as grandes
delicadezas e pequenas agudezas de espírito do que dos meus grandes ou
tortuosos feitos. Nessa manhã acordei mais velha e certamente com maior coragem
para olhar para vida, como jamais havia olhado.
quarta-feira, 10 de junho de 2020
segunda-feira, 8 de junho de 2020
UM FATO QUALQUER
NA SOLIDÃO DA NOITE
MAIS UMA PESSOA
SE VAI
AO INFINITO
E NÓS NEM SABEMOS
QUEM ERA
UM FATO
QUALQUER
MAIS UM NÚMERO
SUBNOTIFICADO
E NÓS NEM SABEMOS
QUEM ERA
MAIS UMA PESSOA
SE VAI
AO INFINITO
E NÓS NEM SABEMOS
QUEM ERA
UM FATO
QUALQUER
MAIS UM NÚMERO
SUBNOTIFICADO
E NÓS NEM SABEMOS
QUEM ERA
quinta-feira, 4 de junho de 2020
terça-feira, 2 de junho de 2020
segunda-feira, 1 de junho de 2020
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