segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

CRÔNICA DA FICÇÃO QUASE CIENTÍFICA, SÓ QUE NÃO

 

Galileu, pressionado, foi convidado pela santa inquisição (em minúscula mesmo), a abandonar as suas convicções cientificamente comprovadas de que a Terra se movia em torno do Sol. Assim, tal como Galileu, seguimos caminhando lado a lado com a ficção, quase científica, tanto no gênero quanto na vida. A Terra agora plana, tal como o chão que pisamos, acaba na linha tênue do absurdo, da desinformação e da tentativa de plantar a ignorância. Na dúvida, pergunte. Escolha entre qual a pílula irá tomar, a que permitirá que esqueçamos de algo que já aconteceu na utopia virtual desse mundo moderno e que só enxerga o que se quer, ou a outra, que nos levará ao mundo real. Não importa, na dúvida, estude. Chegamos em um ponto tão crucial, que nem os gêneros se salvarão; os limites das grandes histórias não terão mais enredos inspiradores, estaremos sujeitos aos que querem a todo custo esconder a realidade.  Nas narrativas inverossímeis que imitam o cotidiano, o experimento caminha junto à descoberta, e a ciência caminha junto ao negacionismo. Um ali tentando ir contra o outro, negando o óbvio, comprovado por várias verdades. Cada um com sua verdade? Talvez? Não, só que não. Uma verdade só pode ser derrubada ou substituída por outra verdade mais científica ainda. Deixe para a ficção, quase científica, as elucubrações dos quase fatos cientificamente comprovados; não se deixe levar pelo quase científico, pela ficção, por pílulas azuis, fake das fakes, pesquise, conteste, grite, pergunte, e assim como o astronauta Aldrin, dê um soco no queixo de quem duvidar da Ciência.

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REGISTRO GERAL

Uma foto um número outro número uma mãe sem pai não declarado assinado com dedo de tinta. Agora é cidadão para valer!