Galileu, pressionado, foi convidado pela santa
inquisição (em minúscula mesmo), a abandonar as suas convicções cientificamente comprovadas de que a
Terra se movia em torno do Sol. Assim, tal como Galileu, seguimos caminhando
lado a lado com a ficção, quase científica, tanto no gênero quanto na vida. A Terra
agora plana, tal como o chão que pisamos, acaba na linha tênue do absurdo, da
desinformação e da tentativa de plantar a ignorância. Na dúvida, pergunte. Escolha
entre qual a pílula irá tomar, a que permitirá que esqueçamos de algo que já
aconteceu na utopia virtual desse mundo moderno e que só enxerga o que se quer,
ou a outra, que nos levará ao mundo real. Não importa, na dúvida, estude. Chegamos
em um ponto tão crucial, que nem os gêneros se salvarão; os limites das grandes
histórias não terão mais enredos inspiradores, estaremos sujeitos aos que
querem a todo custo esconder a realidade. Nas narrativas inverossímeis que imitam o cotidiano,
o experimento caminha junto à descoberta, e a ciência caminha junto ao
negacionismo. Um ali tentando ir contra o outro, negando o óbvio, comprovado
por várias verdades. Cada um com sua verdade? Talvez? Não, só que não. Uma
verdade só pode ser derrubada ou substituída por outra verdade mais científica
ainda. Deixe para a ficção, quase científica, as elucubrações dos quase fatos
cientificamente comprovados; não se deixe levar pelo quase científico, pela
ficção, por pílulas azuis, fake das fakes, pesquise, conteste, grite, pergunte,
e assim como o astronauta Aldrin, dê um soco no queixo de quem duvidar da
Ciência.
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