O que faz um poeta
quando o seu tempo acabou?
Quando o cotidiano engole vorazmente
o seu ócio criativo?
Quando seus papéis sociais são trocados
e ele, um qualquer, sufocado pelo dia-a-dia?
O que faço com a poesia trancada, guardada, pulvurulenta?
Onde está minha rede, a madrugada, o silêncio, o café, longas baforadas,
amigos do meu lirismo, agora dormente.
-Tragam meus versos, para eu lavá-los e passá-los!
A vida deu uma breve parada, eu sei!
É o fim do horário de verão, e,
certamente, o fim do horário da minha poesia...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
POEMETO COM MOTE
Mote: Por fora não se nota, mas a alma anda-me a coxear há setenta anos. (Saramago em As pequenas memórias) Qual alma não vacila? Oscila.....
-
sem conseguir escrever alguma coisa de valor poético, metafísico, revolucionário, quântico, sem conseguir escrever algo que te faça se apaix...
-
Na era do tanto-faz, quem tem afeto é Rei.
-
Mote: A história acabou, não haverá nada mais que contar. (Saramago, em Caim) No bar, o homem embriagado, narra a história da sua vida par...
2 comentários:
Abra uma cerva e fale...voltaaaaa, poesia!
vocÊ é o guru da simplicidade, eu sou algo mais complexo, uma cerva não resolveria.
Postar um comentário