sábado, 4 de fevereiro de 2012

ESCOLÁSTICA


Há alguma confusão em mim

que em hora incerta manifesta-se

em pedido ou dúvida, abrigo ou descuido.

Já não sei como esse Deus me olha,

se ao cair do dia suplico e quando

chega madrugada, renego.

Há fé.

Há incerteza e melancolia,

e nosso diálogo é conturbado.

Não vejo precisar do perdão;

não vejo necessitar da benção;

quero estar sujeita ao acaso das

minhas frágeis práticas da inveja,

da cobiça, da gula e prazeres ásperos.

Se há o bem, enxergo meu ser nele

também, estou à mercê da bondade,

das gentilezas e dos amores amigáveis.

Há ceticismo.

Quero hoje pensar feito a criança

que nada pensa ou questiona e

está livre de Deus, mas cercada por todos os anjos!


Nenhum comentário:

Crônica da saudade e um poema sem vergonha

Faz tempo que não tenho tido tempo para escrever. Li hoje uma frase de um amigo em seu Blog: “ Sempre que penso em parar de escrever, depois...