sábado, 1 de dezembro de 2012

DEVANEIOS DO ENRIQUE E MARILI


Nota (1): Aos leitores informo que esse texto foi escrito por Enrique e por mim, cabendo aos leitores identificar qual a parte é de quem.

 

Nota (2): As partes formam um todo indefinido de forma. Os conteúdos são fictícios e seus autores repletos de realidades. Qualquer tentativa de separar suas devidas manifestações está fadada a não obter sucesso. Esse texto é atômico no sentido literal da palavra e seus autores são ao mesmo tempo dois e um, q u a n t i c a m e n t e imprevisíveis.

 
 

            Azeite. Para se escrever algo é preciso inspiração, mais que isso, é preciso um empurrão que nos leve até a imensidão, escuridão das palavras, e catá-las aos pedaços fragmentados pela super nova ideia, no cosmo infinito da dúvida sobre o que se deseja falar. Sal. Salvar nas linhas o tempero da necessidade, é tão difícil acertar o sabor que se quer dar para um texto, um poema, um bosquejo. Vinagre. Necessária ruptura do paladar do saber das palavras que não se combinam espontaneamente e das quais se deseja mais que nunca saber a pimenta que falta; haverá sempre o dedo-de-moça para ajeitar a poesia. No entanto, é necessário saber o preparo, a ordem das coisas e dos pensamentos. Faz-se assim. Em primeiro lugar, começa-se. Essa fase é de extrema importância e deve ser seguida a rigor; com todos os cuidados daquele que quer atingir o ideal sabor das ideias. É preciso errá-las também, já que de certo, o que fica é o começo. Do mar, de suas entranhas, o salgado desejo sempre, aquela necessidade infinita. Pode-se escrever qualquer coisa, de qualquer jeito, qualquer bobagem pode ser registrada, porque quem dará o tempero certo é quem lerá. Vem assim a primeira crítica dura, aquela que orienta e determina o que é ou não bobagem. Há tanta bobagem por aí e mesmo assim, autorizadas. Vê-se que o começo incorreu em difícil decisão. Sempre há dúvida nas palavras, porque não se sabe por onde andarão e que caminhos tomarão. Continuar ou não? De certo que será continuado, mesmo que no pensamento daquele pobre que se dê conta da leitura dessas palavras, aquele que tudo mexe e quem de fato irá provar a necessidade de mais ou menos sal, azedo ou azeite.
 

 

 

 

 

2 comentários:

Anônimo disse...

Você, o tempero da minha vida.

Valsa Literária disse...

Sua.

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