domingo, 30 de dezembro de 2012

LEVANTE


Quantas palavras já saíram de mim

Meio tortas ora complexas e ou vazias?

Carregadas ou não de certo lirismo que

Para uns foi alento, a outra mesmice;

Foram fazer parte desse Universo da

Minha poesia, tão necessária para eu

Libertar-me e transportar-me e sentir...

 

Só sinto assim nesse átimo de palavras!

Escrever torna-se agora minha euforia

Eugenia de minha própria prosa poética

Que busca o inatingível e o intangível e

Busca o silêncio, a melodia certa e o sim.

 

Na estante da minha alma os tomos estão

Prontos ao avio, confusão e ao remate do

Inacabado, do impossível, porque já não

É mais em mim que cabe a poesia, ela

Atravessa meu pensamento numa eterna

Alegoria, sem fim, desejosa por si mesma

De ir, sozinha, órfã, caminhante, sem rumo...

 

Já não mais tenho medo das palavras

Olho-as com o mesmo olhar que me

Vejo num espelho, conheço-as, assim

Sem conhecê-las, numa descoberta

Que nem a morte será capaz de forjar.

3 comentários:

Anônimo disse...



muito lindo esse poema.

Valsa Literária disse...

Valeu, gostei de escrevê-lo!
obrigada

Anônimo disse...

Acho incrível esse seu talento em fazer arte através das palavras.

Nunca deixe de escrever.

Abraços!

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