Estar triste
Não é ser
É ter um aperto
Necessário que
Impulsiona a alma ao vento
Triste é a chuva fina que olho pela janela, que embaça
Triste é a rosa que acabou de lançar a última pétala ao
chão
É ter um lamento
É provocar o coração ao desaperto
É procurar o lirismo das bocas caladas
Não é ser tristonho ou medonho
É estar a contemplar a feiura das coisas, o gesto
inacabado e a pobreza de tudo
O tal aperto
Que leva, me leva, enleva.
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