sábado, 7 de dezembro de 2013

ASSIM


Tenho matutado tanto por esses dias, e me veio assim uma vontade escandalosa de viver. Não que não viva; vivo. Estou aqui ora essas, porém, sinto que é necessário que sorva todo instante. Comi hoje canjicas salgadas, o gosto da infância remeteu-me às doces, dos sacos rosa e transparentes em que se via e se sabia o que íamos comer, após rasgá-los estupidamente. Queria poder ver a minha vida meio assim, rosa e translúcida, sabendo por um fragmento do olhar o que ia ser logo agora e sorver e comer e viver, tão despreocupada quando o fazia ainda criança.

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POEMETO COM MOTE

Mote: Por fora não se nota, mas a alma anda-me a coxear há setenta anos.  (Saramago em As pequenas memórias)  Qual alma não vacila? Oscila.....