diante do espelho vi
a imagem e resolvi
imitá-la
sendo eu mesma
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
CALENDÁRIO
Não é que queira que o tempo passe tão depressa e que as folhas caiam uma a uma, contando os meus dias, os nossos dias, os dias que deixamos de nos ver, os dias que eles deixaram de se falar, também as horas que ficaram de se ver e não se viram, os dias todos nublados que me deixaram dormir e a vocês também, e claro os dias de sol que bateram na minha cara e na sua e naquela cara que não queria sol. Não é que eu, você e eles queiram que os dias passem rápido, porque os dias das crianças demoram muito a chegar e se eu soubesse que os dias eram ligeiros em acontecer eu teria esperado com mais parcimônia e paciência e teria me entregue ao tempo. Não sei mais se quero o tempo passando nas minhas fuças, nas suas e nas daqueles que precisam que ele passe por algum motivo, ou porque querem esquecer da morte, ou porque suas tristezas custam a dobrar o pensamento e alojarem-se no esquecimento, ou porque querem que chegue logo o dia de nascer e casar. Não é que eu queira que esse tempo volte a andar amiúde. Não. Só queria que ele me acompanhasse os passos.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
VENTO
E não é que ventou em mim
de um jeito que há
muito não sentia
vento com propriedade e corpo
ventania ia e balançava
minha alma
que toda em calmaria, apenas
o sentia
E não é que ventou em mim
de modo que há tanto
não já queria e bem
sabia que era possível ventar
ventaneira eira e carregava
minha saudade
que tinha cheiro, apenas
da infância
É que ventou em mim
ventanas abertas
assim
sim
leve e
só.
de um jeito que há
muito não sentia
vento com propriedade e corpo
ventania ia e balançava
minha alma
que toda em calmaria, apenas
o sentia
E não é que ventou em mim
de modo que há tanto
não já queria e bem
sabia que era possível ventar
ventaneira eira e carregava
minha saudade
que tinha cheiro, apenas
da infância
É que ventou em mim
ventanas abertas
assim
sim
leve e
só.
sábado, 2 de janeiro de 2016
Novo ano
essa sensação de otimismo
que valsa no ar
é tão comum e tão
esquisita
de tudo que se promete
ficam as ondas puladas e as velas acendidas
e o cheiro da arrebentação
que carrega o frescor
do otimismo
tão latente
agora
perene
que valsa no ar
é tão comum e tão
esquisita
de tudo que se promete
ficam as ondas puladas e as velas acendidas
e o cheiro da arrebentação
que carrega o frescor
do otimismo
tão latente
agora
perene
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