não é possível iniciar alguma coisa, da qual nem sei ao certo como dizer, com letras maiúsculas; a escrita nesse momento é sem amarras, porque ela traduz a minha e a sua angústia, e sei que assim como estou cá aqui, você também está, e agora neste instante escrevo por nós, por mim e por você, porque sei que estamos sozinhos a pensar nas nossas incertezas e também sabemos que a falta disso tudo, dessa compreensão do que está havendo é escura e paradoxal, então eu digo para você que é preciso ter uma certa calma e ao te dizer, digo a mim mesmo, assim nos escutamos e partilhamos dessas mesmas dolorosas aflições e agonias que passam em nossa cabeça, na minha e na sua, sei bem como é, sentir-se sozinho e achar que não há um fragmento sequer de amor, de carinho, de compaixão, de troca, de qualquer coisa de que precisamos para nos sentirmos humanizados, porque pensamos, e pensar é doloroso, só sei bem, também, que há que se ter calma, não a calma da estagnação, mas a calma do tempo, que é tão inconstante, porque corre veloz ou tarda, e essa calma eu não tenho, e sei que você não a tem, e também não sei como terminar tudo isso, e sei que você não sabe, sabemos apenas que não há um ponto, há somente um tempo e estamos juntos nele...
quinta-feira, 10 de maio de 2018
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