O indiozinho
queria muito o seu. Havia caçado dois azulões, tudo bem que eram fêmeas e nada
se pode aproveitar da plumagem parda e sem graça, ele mesmo ficou meio sem
graça. Não se caçam as mulheres. Envergonhou.
Mas era
hora. Nada tiraria sua certeza. Foi ter
com o Pajé. Explicou toda a sua maioridade, já era capaz de empunhar arma,
trazer caça, pescar, montar seu ubá, então, era preciso ter seu batoque. Queria
um de pedra, lascada e fina, das águas claras do rio, lisa e achatada, para
ornar melhor e lacrar os espíritos ruins.
Pajé
riu. Coçou. Olhou o curumim ali magrelo e pedinte. Prometeu um de madeira para
começar, era isso que podia oferecer. Isso ou nada. Menino titubeou, olhou para
a pedra de beiço do Pajé, linda; pensou; aceitou. Meio resignado sim, contudo
feliz.
Agora
era índio de verdade!
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