segunda-feira, 8 de julho de 2013

CHEIRO DE MATO

            Só é possível sentir o cheiro do mato quando estamos imersos no mato. Pela manhã o cheiro é orvalhado e doce, já que recebeu o perfume da madrugada. Pelo Sol do meio-dia, traz ele um odor mais queimado, quase fúnebre, sem tanta vida. Revigora-se o olor ao cair da tarde, como num suspiro agonizante, revivendo num pequeno átimo de sobrevida que ainda lhe resta, e assim, meio sem saber o cheiro do mato prepara-se para a nova madrugada.

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POEMETO COM MOTE

Mote: Por fora não se nota, mas a alma anda-me a coxear há setenta anos.  (Saramago em As pequenas memórias)  Qual alma não vacila? Oscila.....