– Será que ele irá lembrar?
– Sei lá.
– Isso é resposta, amiga.
– Ah, é.
– Você não abre essa boca.
– Nem uma dica?
– Namorado que é namorado lembraria.
– E se ele não lembrar?
– Termino.
– Será que ele irá lembrar?
– Sei lá.
– Isso é resposta, amiga.
– Você não quer dar só uma dica para ele?
– Nem uma dica, você que disse!
– Termino.
– E se ele lembrar?
– Ah...
– Ah? Coitado.
– Obrigação de amor.
– Então, tá.
– Ah...faz uma metáfora e dá a dica, hein? Mais seguro, por via das dúvidas, vai que ele esquece.
– Seis meses, seis amores, seis...
– Essa é a metáfora?
– Sei lá.
– Isso é resposta, amiga.
2 comentários:
Puxa, Marili, agora, lendo o seu blog, me fez lembrar do Dalton Trevisan: curruíra e esse conto com gosto de poucas palavras. Parabéns pela empreitada! Beijos.
Opa valeu Elaine, obrigada por ler e comentar. Que coisa, adoro o Trevisan, obrigada pela comparação é uma honra.
Beijos
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