A
noite já cochilava enquanto esperava a madrugada chegar.
O rapazote sentia pelo
cheiro da alvorada que era hora de sair. Nem pegou a vela, sabia que o silêncio
era para ser total. O caminho era por ele conhecido, e os passos tinham que ser
lentos. O coração não batia, estava mudo de emoção e desejo. Postou-se atrás da
arvorezinha que escondia partes de seu corpo já adolescente e suas vergonhas.
A moça então saiu
do casebre, como sempre fazia, para o banho lá fora. Trazia nas mãos o vestido
amarelo e o vidro de perfume, além da toalha e sabão da casca do juazeiro.
Rumou ao banheiro, que era ao lado do poço e passou a banhar-se, com os mesmos
movimentos de sempre, sabia que era admirada...
Um comentário:
adorei o juazeiro my
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