quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

JUAZEIRO


A noite já cochilava enquanto esperava a madrugada chegar.
O rapazote sentia pelo cheiro da alvorada que era hora de sair. Nem pegou a vela, sabia que o silêncio era para ser total. O caminho era por ele conhecido, e os passos tinham que ser lentos. O coração não batia, estava mudo de emoção e desejo. Postou-se atrás da arvorezinha que escondia partes de seu corpo já adolescente e suas vergonhas.
A moça então saiu do casebre, como sempre fazia, para o banho lá fora. Trazia nas mãos o vestido amarelo e o vidro de perfume, além da toalha e sabão da casca do juazeiro. Rumou ao banheiro, que era ao lado do poço e passou a banhar-se, com os mesmos movimentos de sempre, sabia que era admirada...

Um comentário:

Anônimo disse...



adorei o juazeiro my

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