Segundo
os dicionários inveja é qualquer paixão torpe que procede de sentimentos de
desgosto e cobiça pelo bem alheio. Prefiro incluir nesse Pecado Capital algo a
que vou chamar de incapacidade de ser feliz. A inveja, antes de ser tudo que já
sabemos, quando é exagerada, torna-se também o exercício da infelicidade.
A grama
do tal vizinho será sempre mais verde; o carro que não tive e não terei; a
mulher que nunca beijarei; a viagem que jamais farei... Enfim, é nessa
exaustiva prática de querermos sempre o que está ao lado, que nunca vemos o que
está na nossa frente.
Há quem
cultive a tal da inveja “boa”. Essa pode. É só uma leve cobiçadinha, e que
muitas das vezes é acompanhada pela confissão espontânea de quem sente. Sim,
porque a inveja má, é aquela que ninguém admite, só sente e finge que não é o
que parece ser.
De desgosto
em desgosto, de tentativa errada até caprichos, de orgulhos feridos, de
acúmulos de tristeza, as pessoas cavam a própria infelicidade, não enxergam a
vida boa que podem ter, ou que devem buscar; não veem nada em sua frente,
tampouco dentro de si.
Se eu
sinto inveja? É claro que sim! Mas só sinto das boas, das boas ouviram!
4 comentários:
Sinto inveja (boa) de escrever bem como você. um beijo mamy
Mamy, que isso!
E quem foi a Mestra com quem aprendi a boa e velha Gramática?
Beijocas
gostei . A inveja consome po invejoso como a ferrugem o ferro. Muito cuidado com ela , mesmo a boa...
Beijos Mariza
29/04/2012
É verdade rsrsrsr
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