segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
VERDOR ( PARA GABRIELA)
sábado, 29 de janeiro de 2011
SURPRESA
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
INQUIETAÇÕES DO GUILHERME (PARA O GUI DA MAMÃE)
Nossa como esse lugar é sombrio!
O nome do Deus da morte é Anubis.
Isso que você disse é uma metáfora.
Qual é o nome mesmo daquele ser unicelular?
Você vem sempre aqui?
Os neutrinos existem na água.
Caim matou Abel, essa foi a primeira morte da história da humanidade.
Gabi, eu te amo.
Da onde vem a eletricidade do raio?
Nossa como você é mal-educada!
Isso é inércia.
Não, a vovó Inês morreu, ela não virou estrelinha,
estrelas são corpos celestes!
Aliás, uma estrela estava orbitando outra, e aí elas causaram um
efeito estilingue...
PUNDONOR
DE CHUMBINHO
A VADIA E O GARANHÃO
E AINDA POR CIMA
FOI PARAR NA DELEGACIA.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Olhos míopes
domingo, 23 de janeiro de 2011
MINI-CRÔNICA
sábado, 22 de janeiro de 2011
MAS É CARNAVAL
É sempre carnaval; só trocamos as fantasias.
Vai me dizer que não está agora em cima do carro alegórico,
prestes a cair.
Ou ainda, está assistindo a escola passar antes ou depois do
tempo estipulado por Deus.
Cuidado ou a bateria atropela-te.
PÉSSIMO CONSELHO
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Olhar xadrez
A menina com nome
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
INSTINTO DE PRESERVAÇÃO DA ALMA ALHEIA
TANTALIZAR
A MENINA CRESCEU
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
SINTO MUITO
Ela está aí, nos olhos de uns, perambulando nas letras de sambas de
outros, passa rapidamente na vida de alguns, já dos menos afortunados,
instala-se, como vírus nos computadores.
Sempre –a tal- aparece nos textos, mascarada, velada, ambiciosa por
crescer nas tramas, dentro das personagens, que a sentem compulsoriamente,
provocando nos leitores aquele sentimentozinho, (matéria- prima do escritor)
aquela coisa sem explicação.
Isso sem falar nas novelas, soberana, ela fulgura em
todos os capítulos e via de regra é usada nas cenas dos próximos...
Mas, não é dessa tristeza litero-musical que gostaria de dizer, é àquela,
que sinto, sentimos, quando em vez.
Que tantas vezes nos revela em tragédias,
perdas, desassossegos, crises existenciais, notícias ruins, azares, mal-entendidos,
ou assim do nada.
Não conseguimos medir, apenas sentir. Vem e pronto.
Não se trata só de não se ter alegria, temos e muita. Porém é preciso ter
muita para se driblar a tristura.
Nos esforçamos dia-a-dia; sorrimos, partimos para
outra, afogamos as melancolias, compomos triolés-tristes, aparamos as lástimas.
De fato, o ser humano passa a vida tentando não senti-la.
Como?
Inevitável.
Então, seria aceitá-la, assim meio consternado, que ela, sim
é necessária, dona de si, veio para não pensarmos que tudo acabou, e que
precisamos de um dia melhor, alecrim, um sol acalento, café, uma idéia de mundo
melhor, comer, uma perspectiva, calor, um ângulo novo e claro, paz, como não
podia faltar, amor, a luz no fim do túnel, criar.
Ironia, já me sinto melhor...
Sinto muito.
DESAFIO
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Para um grande amor
PARNASO
Trilogia grega
Ao semideus
Para um homem semi
Homem deus
Resta o deus
sobra o semi.
Para uma Helena
Ariadne Semele
Só o semi não basta
Há de vir um Deus
Que abra a concha
E faça surgir
à pérola.
Acordes
Acorda a Acrópole desnuda
Helena, acorda, acordes.
Há música e máscaras
O tempo chamou Lena.
Acorda, acordes, o par
O fio entrededos, desata
Helena, desnuda, a pérola
Cai entreventre Cronos.
O tempo chamou Lena
Há música, meu amor;
Vai-e-vem, balbucia
teu nome, cai a máscara.
Acorda, acordes, o semivéu
semiamor, o tempo sussurrou
Lena, anda, ata, nua, sua
Cai à pérola, a música há.
O tempo chamou... Vem.
Acordes, agora, nada
Há a máscara, pega, ata
a Pérola Helena.
Heras
Heras...
Que Tebas?
Qual Acrópole?
Que Semele desenganada
Coroa Helena de heras.
Bacantes embriagadas
Curvam-se, imundas
Inertes roubam as heras
as pérolas e as castas.
Que Semele enganada
Dera as Helenas, pétalas
As tebas arqueadas, guiam
Baco surdo até elas.
Que tempo?
Heras
Cronos perturbador
Traz um embrechado
E contempla, calado
O ventre de Helena.
Que Semele
Que Tebas
Que nada.
Helena acordou!
Carta ao amigo poeta
Preferia mesmo, meu grande,
velho-novo, amigo, olhar nos teus olhos e poder conversar, sem hora, sem
paradas, até cansar a voz e esvaziar os pensamentos, MAS, (como eu odeio as
adversativas) a vida emperra "nucotidiano" e só nos restam as letrinhas
miúdas.
Não sei bem se gostei do que me
perguntou, acho que definitivamente não, subi no ônibus. Além do que, não está
perfeito; acho que você poderia fazer um palíndromo metalinguístico, eu
explico, falar do próprio versoinverso, direitoesquerdo, frentetrás... É mais
sua cara.
Pensei em você quase todo dia e
não sabia o porquê. Talvez aquela coisa da sincronia, que sequiosamente
procuramos na vida, você escrevendo e eu pensando em falar, escrever e tum, nos
esbarramos, ainda bem.
Você me fez lembrar de um conto de Tchekhov, chamado a Primavera, leitura quase
obrigatória, não tudo dele, alguns contos, esse em especial, depois entenderás.
O grande amor está bem, é um grande amor mesmo, já que tenho determinadas vezes
vontade de matá-lo, esganá-lo e não o faço. Digamos que estamos na fase do
morde e assopra, há um certo desgaste, mas se a parede não descasca não vemos
os afrescos, (Nossa! Que metáfora mais-ou-menos).
Não vou conseguir relatar tudo que tínhamos para conversar, porém, a
saúde voltou, e espero que a sua também. Estou um tanto cansada, de algumas
questões muito sérias, relativas a caráteres, a modos de ver, a gentes, coisas
que discordo, coisas inafiançáveis, e que, nada posso fazer ou mudar, pois
estão pregadas no mundo: terríveis injustiças e enganos. Nada que uma carta
possa explicar, era só para responder como está o coração: esfarrapado.
Paradoxal seu texto. Calo-me ou
continuo. Não sei. Realmente agrada-me muito ser seu Redbull-literário, porém,
ao ferir as palavras firo-me. Minha mãe tem uma história engraçada. Foi
obrigada quando mocinha a aprender a costurar, pegou o diplominha. Sempre odiou
costurar e até hoje quando caseia ou cerzi, reclama, "isso é
autopunição". Comigo é algo parecido, peguei o diplominha e tudo que
escrevo parece meio patético, torto, assim como as barras das calças que mamãe
costura, umas mais longas que as outras. Então.
Fica complicado, porque percebi
que escrevo para você talvez porque você não ligue para a tortuosidade da minha
poesia, não há julgamentos e as respostas são acolhedoras. Essa nossa poesia
díade (se é que me permite dizer assim) faz-me muito bem mesmo.
Não sei,
se-já-consigo-parar-mais...
Você não é mais frio, é mais
escritor que eu, nenhuma mágoa ou ressentimento há nisso, apenas inveja aliada
ao desejo. E cá para nós estou nua diante de ti meu grande amigo. Deixo
escorrer a verdade porque não sou boa nisso. O modo é peculiar, a personalidade
transparece, contudo, nada é digno de boa literatura. Você escreve a boa e
necessária literatura, não fria, mas casual, contida, com sentimentos da vida
que verve, e não do homem que padece.
Não deixo barato e sou brava, não
dou chance para o outro descobrir o que é, mas você é diferente: há em você uma
simplicidade irritante que o transforma num verdadeiro poeta. Quando arrisco
esse jeito de escrever, de provocá-lo, de perguntar e exigir, é só para me
deliciar com tuas respostas que sempre me dão um prazer incrível, pois era
justamente o que eu gostaria de escrever e não consigo.
Acho que definimos desejo.
Crônica meio por cento
QUADRINHA DA CIDADE ALAGADA
O POÇO DE VISITA SE ENTUPIU DE TANTA VERGONHA FALHOU DE TAMANHO DESCASO RUIU BUEIRO, SEU NOME É DINHEIRO!
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sem conseguir escrever alguma coisa de valor poético, metafísico, revolucionário, quântico, sem conseguir escrever algo que te faça se apaix...
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Na era do tanto-faz, quem tem afeto é Rei.
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Mote: A história acabou, não haverá nada mais que contar. (Saramago, em Caim) No bar, o homem embriagado, narra a história da sua vida par...