O leitor entenderá porque quero falar da tristeza hoje.
Ela está aí, nos olhos de uns, perambulando nas letras de sambas de
outros, passa rapidamente na vida de alguns, já dos menos afortunados,
instala-se, como vírus nos computadores.
Sempre –a tal- aparece nos textos, mascarada, velada, ambiciosa por
crescer nas tramas, dentro das personagens, que a sentem compulsoriamente,
provocando nos leitores aquele sentimentozinho, (matéria- prima do escritor)
aquela coisa sem explicação.
Isso sem falar nas novelas, soberana, ela fulgura em
todos os capítulos e via de regra é usada nas cenas dos próximos...
Mas, não é dessa tristeza litero-musical que gostaria de dizer, é àquela,
que sinto, sentimos, quando em vez.
Que tantas vezes nos revela em tragédias,
perdas, desassossegos, crises existenciais, notícias ruins, azares, mal-entendidos,
ou assim do nada.
Não conseguimos medir, apenas sentir. Vem e pronto.
Não se trata só de não se ter alegria, temos e muita. Porém é preciso ter
muita para se driblar a tristura.
Nos esforçamos dia-a-dia; sorrimos, partimos para
outra, afogamos as melancolias, compomos triolés-tristes, aparamos as lástimas.
De fato, o ser humano passa a vida tentando não senti-la.
Como?
Inevitável.
Então, seria aceitá-la, assim meio consternado, que ela, sim
é necessária, dona de si, veio para não pensarmos que tudo acabou, e que
precisamos de um dia melhor, alecrim, um sol acalento, café, uma idéia de mundo
melhor, comer, uma perspectiva, calor, um ângulo novo e claro, paz, como não
podia faltar, amor, a luz no fim do túnel, criar.
Ironia, já me sinto melhor...
Sinto muito.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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2 comentários:
APENAS SINTA
É que a tristeza é a felicidade... pelo menos sua parte, inseparável. Temos a ambas, simultâneas. Somos um, somos dois. Do triste se vai ao feliz porque um é referência do outro. E se assim o é. Basta procurar o prumo disso tudo. Amo você
Também amo você.
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