domingo, 21 de agosto de 2011

ALUMIAR


Coitado do negrinho

distraído, baio sumiu;

toquinho de vela aceso

 e o corpo no chão.



Coitado do negrinho

não dança Nhô-chico,

não escolhe mais as

moças, pela feição.



Coitado do negrinho

vive agora atribulado

só acha coisa perdida

em troca de alumiado.





Coitado do negrinho

ensanguentado no vão

nem Nossa Senhora

veio lhe dar a mão!




2 comentários:

Nadine Granad disse...

Lindamenta triste o folclore recontado por alma mui sensível ;)

Valsa Literária disse...

Obrigada, Nadine, é triste mesmo, o pior é saber que deve ter sido verdade, quantos negrinhos morreram em vão...

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