sábado, 13 de agosto de 2011

São Paulo, 15 de abril de 2009.


Maria Cristina,



Demorei muito para escrever a resposta da sua carta porque não queria de fato respondê-la. Depois, achei que talvez fosse necessário esclarecer alguns fatos dessa nossa confusa relação e dessa maneira, “colocar um ponto final” nessa nossa história, que nunca começou.

Eu não sei se entendi bem, mas soou muito mal dizer que a vontade de me ver e escrever depois de tudo que aconteceu era comparável a comer um doce. Senti-me uma bomba de chocolate. O fato é que como você mesmo disse, estou muito bem. Trabalhando bastante, feliz, amando e sendo amado.

Cristina, infelizmente nosso tempo passou. Sei o quanto é difícil para eu dizer isso, pois desejei você imensamente, absurdamente mais do que imagina, como mulher, e como falou você fez a sua escolha.

Sua carta é dramática, estranha e confusa. Não demonstra em nenhum momento afetividade ou saudade de mim, apenas solidão, a solidão da mulher ressentida e amarga. Não quero parecer grosseiro, embora saiba que o esteja sendo, mas gostaria que não me procurasse mais.





Ricardo












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