No fim da tarde Eleonora foi encontrar-se com Laura em um café onde haviam marcado. Estava aflita e confusa e não sabia se a atitude tomada tinha sido a melhor de todas. Quando entrou no bar procurou e ficou vermelha ao ver Laura e Ricardo em uma mesa de canto.
– O que está acontecendo aqui?
– Fui eu que liguei para ele, desculpe, achei melhor ele saber.
– Por que não me disse amor?
– Amor? Você que nunca me falou nada dessa louca e eu é que tinha que contar que recebi um bilhete de uma antiga “ex” sua?
– Calma gente. Senta aí, Eleonora e mostra para gente a carta.
– Tá aqui, vejam o absurdo.
– Ricardo ela pirou, o que é isso!
– Preciso resolver, ela não vai deixar a gente em paz. Ela também me escreveu faz uns meses, a carta está aqui eu trouxe para você ver. Não mostrei antes porque achei que não seria legal, afinal é um passado morto para mim.
– Você devia ter me contado antes...
– Escuta, vou deixar vocês dois conversarem; mais uma vez Eleonora me desculpe, mas achei que esse assunto deveria ser resolvido por vocês dois, depois nos falamos.
– Tudo bem Laura, não devia ter metido você nisso. Obrigada. Tchau... Quem é a Maria Cristina? Deixe-me ler a carta que ela escreveu para você; Por que não me contou? Que coisa, e a confiança, onde fica?
– Não contei porque não queria que acontecesse o que está acontecendo. Ver você assim, desconfiando, pensando besteira, duvidando de mim e do meu amor. Maria Cristina foi uma amiga lá de São José do Rio Preto da época do colegial. Eu era muito amigo dela e bem apaixonado. Na faculdade consegui me declarar, mas ela disse que iria estragar nossa amizade. Depois, quando comecei a namorar outra garota ela disse que queria ficar comigo, desisti da moça, começamos a namorar e para encurtar a história ela ficou com meu melhor amigo, casaram e eu sofri feito burro. Vim para São Paulo no fim do ano para terminar o curso aqui. E o resto da história você já conhece.
– Você devia ter me contado antes...
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