– Por favor, não vamos entrar nessas neuras. A ideia é essa...
– Deixe-me ver a carta que ela mandou para você.
– Promete não surtar?
– Dá logo.
– Promete, então!
– Tá... Olha isso! Não acredito nessa frase: “O que sei é que senti uma vontade, como a de comer um doce, e pensei que talvez recebesse bem essa carta com notícias minhas.” Que absurdo!
– Você jurou.
– Como é que eu não vou surtar. Veja isso, então: “a angústia da incerteza da sua resposta e assim será muito mais fácil e compreensível caso sua carta não chegue. Poderei pensar no extravio dos correios, na morosidade dos serviços...” Você respondeu?
– Ah! Eleonora deixe isso para lá.
– Eu não acredito que você respondeu uma carta para essa louca. Não acredito. O que respondeu? Eu quero ver.
– Nem lembro o que respondi e não tenho cópia. Já surtou, sabia que não ia durar três minutos. Isso está enchendo, você queria que eu fotografasse a carta, fizesse duas vias com firma reconhecida...
– Nada disso MEU BEM, só queria ter sabido antes.
– Vamos para casa.
– É uma ordem?
– Não, mas vejo que você entrou em cheio na obsessão da Cristina, está fazendo exatamente o que ela gostaria de ter provocado na gente, e isso me aborrece demais. Vamos pensar numa solução...
– Ela está sozinha. Quem sabe você não queira satisfazer sua...
– Agora foi demais... Estou indo, vai ficar?
– Vou.
2 comentários:
Também acho que deveria ter contado antes...
Está viciante... serei obrigada a ler a resposta novamente... O Ricardo não pode cair em meu conceito, rs...
OBS: Não caiu ;)
Beijos =)
Adoro ler seus comentários, obrigada por eles...
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