quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ibope

                    Por falta de Ibope, o mini-romance O Amor não tem rosto não será finalizado por esta escritora. Segue o capítulo derradeiro para "des-apreciação" dos leitores mais fiéis. Para àqueles que quiserem saber qual seria o rumo da história favor enviar e-mail para valsabrasileira@gmail.com...


O garoto estava escondido atrás de umas madeiras. O policial na sua rotina, como sempre fazia, levava os meninos para o abrigo mais próximo ou para o Conselho Tutelar. O moleque magrinho se enfiou dentro de uma das caixas de papelão e ficou imóvel. Capitão Mendonça comandava a busca dos meninos que tinham fugido do Orfanato Luz e Cruz, ouviu um barulhinho e retirou a caixa.

Sai daí garoto. Ah! É você, fugiu de novo do Orfanato?

Quero arranjar uma mãe, que me tire de lá.

– Não pode ficar fugindo, vamos vou te levar.

– Por favor, achei uma candidata, ela vai me adotar...

– Tá bom; enquanto isso espera lá no Orfanato.

– Mas ela não sabe que eu vou para lá.

– Eu aviso.

– Jura.

– Juro.

O menino foi levado junto com os outros, alguns para casas de abrigo, outros para suas casas mesmo, e três para o Orfanato. Lá apanharam de outros colegas porque não avisaram da fuga anterior. Carente ficou lá todo dolorido e pensando na sua burrice; como o policial ia avisar sua candidata à mãe para vir buscá-lo, nem sabia quem era. Dormiu de raiva.

Sonhou. 

Os olhos suaves de Clarisse, suas mãos faziam cafuné enquanto ela contava uma história engraçada, era de cavaleiros e serpentes, porém, seu jeitinho era de fazer rir; no chão havia muitos brinquedos, carrinhos e um grande videogame.  As roupas eram suas, a cama era fofa e tinha uma colcha do “Bem-10” iguais as que ele vê nas lojas. Na porta do quarto a plaquinha tinha um nome, de garoto, porque era pintado de azul, ele não enxergava, não lia se esforçava para ver e nada, quando chegou bem perto da placa...

Acordou.

Decidiu planejar a próxima fuga, só que dessa vez em silêncio, em profundo silêncio.

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