quinta-feira, 27 de setembro de 2012

AVULSO

Que faz o poeta com um enorme punhado de palavras rasurando sua alma?
Arrancaram dele o versinho rimado, elegantemente alinhado em quatro, quatro, três e três...
Era para ser um soneto, era...
Virou seresta para a senhora viúva que o rejeitou.
E o pobre poeta uivou, desolado, criou trovinhas pulhas e escorregadias,
para realmente deixar todos bem irritados.
Em seus versos púnicos, o tal poeta apunhalou seu próprio destino
e morreu com a pena na mão.

2 comentários:

Nadine Granad disse...

Consultei o dicionário, rs...

Ficou lindo... BELO (de impactante e admirado, rs) final!...

Valsa Literária disse...

Eu também consultei kkkkk.

beijão

POEMETO COM MOTE

Mote: Por fora não se nota, mas a alma anda-me a coxear há setenta anos.  (Saramago em As pequenas memórias)  Qual alma não vacila? Oscila.....