CAPÍTULO
SÉTIMO
– Alô, João, é Freitas, como
está?
– Tudo bem? Aconteceu...
– Calma, está tudo bem, é
que seu pai me pediu um favor e achei melhor perguntar para você.
– Ele está bem? Está me
escondendo algo?
– Não! Verdade. Juro. É que
ele me pediu para levá-lo a outro médico, em outra cidade. Não quer ir ao
Jaime.
– Ué, mas por quê?
– Sei lá, achei estranho também,
mas ele pediu. Que você acha? Na realidade ele não tem ido jogar dominó com a
gente, disse que as pernas doíam...
– Isso ele já havia dito
antes, é não sei...
– Mas ele está bem, viu, foi
só esse pedido mesmo.
– Está certo, então. No
mais...
– Tudo bem João, fica calmo
é só isso mesmo, garanto!
– Não sei, vou ligar de
noite para ele e depois falo contigo.
– Está bem. Acho que ele vai
ficar bravo comigo.
– Não esquenta Freitas,
amigo é pra essas coisas...
Naquela noite João ligou para o pai que enfurecido
prometeu acabar com a alegria do trancinha do Freitas. “Amigo da onça”, dizia
ele ferozmente ao telefone. Jurou ao filho que não era nada e que iria procurar
o Dr. Jaime mesmo como de costume, e que aquilo tudo eram manias de velho, como
as de qualquer velho que não tem mais o que fazer.
Falou
com Pedro ao telefone e soube das novidades do seu neto primeiro e querido,
ficou feliz. Prometeram uma visita logo que pudessem, porém, Jonas sabia que
isso tudo era mentira, as visitas só viriam no final do ano, e ele já nem
pensava mais nisso, seus pensamentos eram puro sonho e fantasias.
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