quinta-feira, 7 de abril de 2011

A ESPERA DA PERSONAGEM - PARTE XXVI

  – Posso entrar?
– Não deveria ter dito.
– Não, não diga mais nada. Só quero vê-la, tomar café da manhã com você.
– Por quê? Depois do que fiz e falei.
– Por favor!
– Entre.
– Obrigado. Os pães e a manteiga.
– Venha para cozinha, vou fazer um café.
– Seu apartamento tem seu cheiro.
– Sente-se.
– Quero ajudá-la. Onde tem toalha e xícaras?
– Aqui.
– Quer que eu vá embora?
– Não, claro que não. Desculpe meu jeito, sem jeito.
– Não quero que se sinta acuada.
– Estou só confusa.
– Posso pegar as azuis? E a toalha?
– Na gaveta. Sim pegue as azuis.
– Você guardou o saco. Com meu bilhete, não acredito!
         Gomes abraçou Maria Amélia num gesto largo e espontâneo; Gomes beijou Maria, num gesto largo e espontâneo. A água do café fervia e assistia ao beijo longo e demorado, sem fugas, sem esquivos; abafado e urgente, não era um beijo defeso, mas sim uma entrega de uma longa espera.

2 comentários:

disse...

Uma entrega de uma longa espera dos leitores! Até que enfim ou encomeço! Agora vai, ou será que a cruel autora vai mexer os pauzinhos agora que Amélia se entregou??

Selma disse...

Ahhh que momento mais lindo!!! Maria foi pega de surpresa!!! é assim que deve ser!!! Ela se entregou e olha que nem se esquivou!!! com certeza, gostou...rsrsrsr

DOIS AXIOMAS RALÉS

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